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Foto do escritorReprojeto | Bianca

Vamos Conversar?

Oii. Como vocês estão? Espero que estejam bem!

Bom, hoje queria falar um pouco sobre o que tenho pensado ao longo deste tempo todo, 2020 e esse início de 2021. Acho que para todo mundo esse período tem sido de grande reflexão, de questionamentos sobre a vida, valores, nossas relações (tanto com pessoas quanto com coisas), sobre futuro e tudo mais, afinal, quem não teve umas (?), algumas (?), várias crises existenciais ao longo de 2020, certo?!


Então vamos lá! Antes de 2020, lá por 2018, comecei a questionar muitas atitudes que eu tinha no meu dia-a-dia com relação ao lixo que eu produzia. Confesso que não lembro muito bem quando tudo começou, mas acredito que foi depois de assistir ao documentário “A Plastic Ocean”, disponível na Netflix. De forma bem breve (pretendo falar mais sobre esse doc em outro post), o documentário mostra a grande poluição plástica que existe nos oceanos, como que o uso de plástico descartável (single-use plastics) está causando um grande desequilíbrio ambiental tanto nos oceanos quanto em terra e como ele também está impactando a nossa própria saúde.


A realidade é tão impactante, que eu, como engenheira ambiental e super preocupada com o meio ambiente (e, acreditem, era leiga sobre o assunto), procurei observar meus hábitos para reduzir a produção do meu lixo e tentar diminuir ao máximo o meu consumo de plástico. E, identificando alguns pontos e assistindo a muitos vídeos do YouTube (amo!), comecei a mudar muita coisa, mas sempre mantendo o senso crítico, porque não é porque uma pessoa disse que algo é essencial para ela, que é essencial para mim.


Mas, essa era só a ponta do iceberg.. Em 2019, me “tornei" vegetariana. Já praticava a “segunda sem carne” desde 2014, mas a consciência ambiental estava pesando, então, de flexitariana, passei a vegetariana. Não, eu ainda não assisti ao documentário “Cowspiracy" (está na minha lista), mas um doc muito bom, que eu assisti antes de 2017 e que me alertou sobre muitas coisas sobre o assunto foi “Sustainable”, mas, infelizmente, não está mais disponível na Netflix.


Já foram muitas mudanças antes de 2020, nê?! hahah Ainda em 2019, alguma youtuber que eu seguia em um dos seus vídeos falou sobre a Marie Kondo, que estava fazendo o maior sucesso com seu reality da Netflix, “Tidying Up with Marie Kondo”. Acredito que na época todo mundo ouviu falar sobre o Método KonMari e tentou de alguma forma fazer em casa hahaha. Eu sei que eu “fiz”: não segui os passos dela para escolher o que fica ou o que vai (decluttering), fiz o que estava acostumada a fazer, mas o que eu segui direitinho foi a forma de organizar as roupas e, só digo uma coisa: É MARAVILHOSO! Tudo fica muito organizado, fácil de visualizar e ocupa menos espaço.


Depois disso, assistindo a um canal do YouTube, Pick Up Limes, comecei a descobrir um pouco sobre minimalismo. Já tinha ouvido falar sobre isso, mas de forma muito por alto e um pouco “preconceituosa”, confesso. Mas, a partir disso, o maravilhoso algoritmo do YouTube começou a me sugerir vídeos sobre o assunto, mais voltados para moda, mas sobre o assunto. E hoje, cerca de 90% do que assisto na plataforma é sobre minimalismo.


E esses vídeos me fizeram pensar sobre outros aspectos, muito relacionados com reduzir o lixo e vegetarianismo. Aspectos esses ligados ao nosso consumo e como essa forma de consumir impacta o mundo (digo o mundo porque não se resume apenas aos impactos ambientais, mas aos impactos sociais, econômicos, etc).


Chegamos a 2020! Tudo que já borbulhava na cabeça (produção de lixo, vegetarianismo, consumismo) juntou com o cenário mundial, de saúde e econômico, e como este novo vírus estava relacionado com as mudanças climáticas, as degradações ambientais e o nosso sistema econômico mundial.


No início do confinamento, continuei assistindo meus canais favoritos sobre minimalismo, mas também comecei a ouvir alguns Podcasts, para quem entende inglês, aconselho dois: Fashion Revolution e Wardrobe Crisis. E esses dois Podcasts falam sobre os impactos da indústria da moda no mundo, e, apesar de achar que eu sabia o quanto esta indústria (principalmente o fast fashion) impacta negativamente o meio ambiente e as pessoas, não fazia ideia da realidade, que é muito pior. Daí vieram muitas crises, hahah, me distanciei um pouco do assunto para proteger minha sanidade mental, porque a realidade é pesada, choca e, em um primeiro momento você fica decepcionado com o mundo, com a humanidade (seria essa a palavra certa..?).


Mas, ao longo deste período, até hoje, principalmente depois de meses em casa, o que tem feito muito sentido para mim é o minimalismo. Não, não sou minimalista, e estou longe de ser, mas com toda certeza estou tendendo a este sentido. E, para deixar algo bem claro, o “pré-conceito” que temos sobre minimalismo (casas vazias, cinco peças de roupa de cores pretas e brancas ahaha) não é verdade. O minimalismo vai muito além disso e o que importa não é a quantidade de itens que possuímos, mas sim o quão intencional são as nossas posses e a forma como consumimos e também sobre o que damos valor na vida. Inclusive, sobre o assunto, sugiro o documentário “Minimalism: a Documentary About the Important Things”, disponível na Netflix.


Então, depois de toda essa “jornada”, tomando consciência sobre a realidade, o que eu tenho pensado, desde 2018, é: como EU, como indivíduo, posso fazer alguma coisa para mudar, nem que seja um pouquinho? Porque uma coisa é certa, depois de tanto choque de realidade podemos tomar duas atitudes: a primeira é fazer nada, ficar em posição fetal e chorar (e eco-ansiedade, eco-anxiety, é algo real e eu volta e meia sinto) e a segunda é partir para a ação.


E, sim, eu sei bem que nós como indivíduos impactamos pouco se compararmos com o quanto indústrias e governos impactam, mas toda mudança começa com alguém. Os movimentos se iniciam para chocar a sociedade e fazê-la refletir sobre o nosso “normal” e, a partir daí, gerar mudanças sociais. Isso leva tempo, eu sei, mas é o que podemos fazer no momento. E, sempre existe a metáfora da formiguinha, uma formiga parece pouco, parece que impacta pouco, mas olha o poder de um formigueiro! E, quer queira, quer não, o ser humano aprende com o exemplo e não com palavras, com certeza suas ações vão fazer as pessoas ao seu redor refletirem (mesmo que você diga nada, só faça), muitas não vão mudar, é verdade, cada um tem seu tempo, mas outras vão mudar também, e o nosso formigueiro só aumenta.


Mais uma coisa, é melhor 1000 pessoas fazendo o imperfeito, mudando o que tem condições de mudar, do que 1 pessoa fazendo perfeito. Aliás, não existe perfeito quando se trata de atitudes ambientalmente corretas e isso nós temos que aceitar, o que é o melhor para mim no Rio de Janeiro não é o melhor para alguém que mora na Dinamarca e ok, faz parte. Então, não se cobre tanto, você está fazendo o que tem condições de fazer e isso já é muito.


Bom, era isso que eu queria falar um pouco hoje, sei que não foi um texto com muito incentivo ou alegre (hahah), foi mesmo a realidade, mas foi uma forma que achei de introduzir o que pretendo começar a falar. Acho que ficou claro, mas de início quero falar um pouco sobre minimalismo, o que estou aprendendo. Acho que é um movimento muito interessante e que todo mundo pode levar alguns conceitos para a vida, que é o que eu pretendo fazer com a minha, porque uma verdade é essa: você se torna eternamente responsável pelas coisas que possui hahah (vamos falar a verdade, dá muito trabalho cuidar das coisas que temos, limpar a casa, lavar roupa, guardar roupa, e quando vamos nos desfazer de algo sempre tem a dúvida: o que faço com isso?).


E você? O que pensou/tem pensado ao longo dessa pandemia? Você mudou alguma coisa na sua vida? O que?


Beijos e até o próximo post. Tchau.

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