“Minimalismo é um estilo de vida que ajuda as pessoas a questionarem o que acrescenta valor em suas vidas” (The Minimalists).
Oii. Semana passada eu falei um pouco sobre o que tem passado pela minha cabeça nesses últimos anos: nossa produção de lixo, nosso consumismo; e como eu estava mudando muitos dos meus hábitos ao longo do tempo. Hoje, quero compartilhar com vocês o que tenho aprendido sobre Minimalismo, este movimento super interessante, que tem me cativado cada vez mais e que eu pretendo levar muitos dos seus conceitos para minha vida.
Antes de mais nada, queria dizer que não sou minimalista, estou longe disso - infelizmente - mas, como disse, esse movimento tem me cativado bastante e ao longo deste 2020 maluco e início de 2021 tenho aplicado muitos de seus princípios. Também queria dizer que o Minimalismo que eu vou falar não é o estilo de design ou arte, mas sim o movimento que “surgiu" por volta de 2006 de mudança de estilo de vida.
Podemos começar dizendo que o Minimalismo é o oposto do Consumismo e do Materialismo. Estes dois termos acho que todos nós conhecemos bem. Quantas vezes já dissemos: “Nossa, estou tão consumista.” ou “Ih, Fulano é super materialista!”? São termos que estamos habituados a usar no nosso dia-a-dia e que definem bem o que a nossa sociedade tem sido.
O materialismo, como Mia Danielle explica muito bem, é o fato de alguém colocar muito valor nos bens materiais, podendo, inclusive, julgar outras pessoas pelo que elas possuem ou não possuem. Já consumismo, é o comprar pelo comprar, comprar por impulso ou para pertencer a um padrão social ou, ainda, comprar inconscientemente por influência de propagandas constantes, seja nas redes sociais, séries e filmes, outdoors, revistas…
Então, o que é minimalismo? De uma forma bem simples, segundo Colin Wright, “minimalismo é sobre reavaliar suas prioridades para que você possa se livrar do excesso de coisas - posses, ideias, relacionamentos e atividades - que não trazem valor a sua vida”.
Ou seja, minimalismo é uma forma de retomar o controle das nossas vidas, entender o que nos é prioridade, o que nos faz feliz de verdade e qual é o nosso objetivo de vida, e, a partir deste entendimento, eliminar tudo que não tem a ver com essas prioridades e valores identificados. É sobretudo viver uma vida com mais sentido, mais intencional.
No geral, começamos eliminando as coisas materiais que não nos trazem alegria (como sugere Marie Kondo) e que não são essenciais em nossa vida. E só de eliminar esses excessos, já nos sentimos mais leves, mais livres, porque tudo o que possuímos inconscientemente nos pesa. Não em um sentido espiritual, mas no sentido que essas coisas gastam nosso tempo, dinheiro, foco e nos distraem daquilo que nós damos de fato valor.
Mas o minimalismo não se restringe apenas a eliminar os excessos materiais (decluttering), porque não basta apenas se desfazer das coisas que não queremos, é preciso também repensar o nosso consumo. É ser consciente sobre aquilo que estamos excluindo e também evitar que essas coisas voltem para nossas vidas, evitar que continuemos com os mesmos hábitos de compra (de consumo no geral) que nós tínhamos antes. O minimalismo está muito ligado ao conceito de mindfulness, estar concentrado e intencionado em todas as ações que praticamos.
Primeiro, eliminamos o excesso material, porque, no geral, é o mais fácil de fazer, muitas coisas que temos não tem muito apego sentimental, o que torna mais fácil desapegar. Mas em um segundo momento, passamos a eliminar também em outras áreas: relacionamentos que nos fazem mal, que não se encaixam em nossos valores; hábitos ruins; atividades que não nos acrescentam em nada; redes sociais que fazem com que a gente se sinta inferior ou que não fazem a nossa vida melhor, que não nos ensinam nada, apenas nos fazem consumir por consumir, para preencher um vazio; etc (podemos aplicar o conceito em todas as áreas da nossa vida).
E, a partir desses desapegos todos, podemos então focar naquilo que de fato gostamos e paramos de nos sentir pressionados por essa sociedade de consumo, que tenta a todo custo nos fazer acreditar que não somos suficientes pelo que nós somos, mas pelo que possuímos.
Não vou mentir, não é um processo fácil, leva tempo e como gosto de dizer aqui em casa, para termos paz primeiro precisamos passar pelo caos (porque sim, ao desapegar dos nossos pertences, criamos uma bagunça em casa, porque é preciso tirar tudo dos armários e dos lugares que escondemos as tralhas para podermos ver tudo que de fato temos e daí sim podermos excluir os excessos da nossa vida).
Ainda vou continuar a falar mais sobre o assunto, isso foi só o início, mas enquanto isso, sugiro que assistam ao vídeo do Matt D’Avella no YouTube, “Como o minimalismo realmente é”, tem legenda em português.
Por hoje é só, espero que tenham gostado. Bom fim de semana. E até o próximo post. Tchau!
Que bom que voltou a postar Bianca haha recebi o link da nova postagem no meu e-mail e vim conferir (não sei se lembra de mim acredito que eu tenha sido a ultima postar um comentário há meses atrás Bia Ribeiro) Eu vi esse documentário na netflix achei bem interessante ainda não me considero minimalista mas eu me interesso muito pelo assunto . Até mais :-D